Mais tipos de neuroses...
Conferiu nosso primeiro post
sobre tipos de neuroses? Se não, antes de continuar a ler, volta lá porque esse
post é uma continuação.
Bem, como vocês já sabem temos as
síndromes fóbicas, os quadros obsessivos-compulsivos, histéricos, hipocondríacos
e neurastênicos.
Muitas pessoas se intitulam hipocondríacas, mas o que será mesmo isso? Qual a diferença entre hipocondria e somatização?
Indivíduos hipocondríacos são
aqueles que sentem um medo extremo atrelado a uma intensa preocupação com a possibilidade de terem
uma grave doença. Contudo, essa preocupação surge normalmente a partir de
sensações corpóreas ou sinais físicos de baixa significância. Ela vem atrelada
ao medo irracional de morte e/ou obsessão com sintomas, por conta disso o
indivíduo sai prontamente à procura de um médico e se este não lhe fornecer um
diagnóstico mirabolante, o paciente decepcionado não aceita e vai atrás de
alguém que confirme suas ideias.
Já a somatização é um quadro em
que o indivíduo usa, seja consciente ou inconscientemente, seu corpo ou seus
sintomas para obter vantagens pessoais ou para fins psicológicos. O indivíduo
pode realmente apresentar uma doença e exacerbar suas demonstrações físicas,
como também o indivíduo pode ser saudável e inventar sintomas para ser o centro
das atenções como uma pessoa debilitada para ter lucros psicológicos (como
acontece em tribunais em que os detentos utilizam do argumento insanidade para
não irem para a prisão) ou lucros sociais e interpessoais (como receber mais
atenção de familiares).
Acredite se quiser!
Charles Darwin, o pai da Teoria da Evolução das Espécies, era
hipocondríaco e ele ainda afirmava que essas “doenças” eram o combustíveis para
as suas descobertas: “a saúde ruim me salvou das distrações sociais
e da diversão”
Temos também as síndromes
neurastênicas, um outro tipo de neurose. Porém, esse nome está sendo
substituído pelo conceito de síndrome da fadiga crônica. O quadro da
neurastenia é caracterizado por fadiga precipitada após esforço físico ou
mental com dores musculares, dificuldade no relaxamento, sensação tanto de
fraqueza quanto exaustão corporal, irritabilidade, déficit de atenção,
tonturas, cefaleia e insegurança.
Esses sintomas estão associados
com extremos estresses emocionais e sociais dos mais variados tipos que ocorrem
em diversas culturas e que não podem ser confundidos com somatização e nem
transtorno psicossomático.
E por fim, temos as síndromes
obsessivo-compulsivas que se caracterizam por ideias, fantasias e imagens
obsessivas e por atos, rituais ou comportamentos compulsivos. O indivíduo sente
uma pressão extrema interna, como se algo o estivesse obrigando a fazer alguma
coisa. E o pior, é que o indivíduo reconhece o caráter irracional e absurdo de
certos pensamentos, e tenta as vezes neutraliza-los mas a ansiedade é tão
grande que se torna quase impossível sem um acompanhamento psicológico.
Quer conhecer exemplos de síndromes obsessivo-compulsivas? Acompanhe nossa próxima postagem sobre TOC ( Transtorno Obsessivo Compulsivo) !
Fonte: DALGALARRONDO, Paulo.
Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Artmed Editora S.A., 2008
Muito bom! Não conhecia o termo "somatização" e da relação de Darwin com a hipocondria. Interessante. Parabéns!
ResponderExcluirThainara Santos
Interessante ! Parabéns a equipe!
ResponderExcluir