terça-feira, 2 de junho de 2015



Mais tipos de neuroses...

Conferiu nosso primeiro post sobre tipos de neuroses? Se não, antes de continuar a ler, volta lá porque esse post é uma continuação. 

Bem, como vocês já sabem temos as síndromes fóbicas, os quadros obsessivos-compulsivos, histéricos, hipocondríacos e neurastênicos.

 

Muitas pessoas se intitulam hipocondríacas, mas o que será mesmo isso? Qual a diferença entre hipocondria e somatização?


Indivíduos hipocondríacos são aqueles que sentem um medo extremo atrelado a uma intensa preocupação com a possibilidade de terem uma grave doença. Contudo, essa preocupação surge normalmente a partir de sensações corpóreas ou sinais físicos de baixa significância. Ela vem atrelada ao medo irracional de morte e/ou obsessão com sintomas, por conta disso o indivíduo sai prontamente à procura de um médico e se este não lhe fornecer um diagnóstico mirabolante, o paciente decepcionado não aceita e vai atrás de alguém que confirme suas ideias.

Já a somatização é um quadro em que o indivíduo usa, seja consciente ou inconscientemente, seu corpo ou seus sintomas para obter vantagens pessoais ou para fins psicológicos. O indivíduo pode realmente apresentar uma doença e exacerbar suas demonstrações físicas, como também o indivíduo pode ser saudável e inventar sintomas para ser o centro das atenções como uma pessoa debilitada para ter lucros psicológicos (como acontece em tribunais em que os detentos utilizam do argumento insanidade para não irem para a prisão) ou lucros sociais e interpessoais (como receber mais atenção de familiares). 

Acredite se quiser!


Charles Darwin,  o pai da Teoria da Evolução das Espécies, era hipocondríaco e ele ainda afirmava que essas “doenças” eram o combustíveis para as suas descobertas:  “a saúde ruim me salvou das distrações sociais e da diversão”

Temos também as síndromes neurastênicas, um outro tipo de neurose. Porém, esse nome está sendo substituído pelo conceito de síndrome da fadiga crônica. O quadro da neurastenia é caracterizado por fadiga precipitada após esforço físico ou mental com dores musculares, dificuldade no relaxamento, sensação tanto de fraqueza quanto exaustão corporal, irritabilidade, déficit de atenção, tonturas, cefaleia e insegurança.

Esses sintomas estão associados com extremos estresses emocionais e sociais dos mais variados tipos que ocorrem em diversas culturas e que não podem ser confundidos com somatização e nem transtorno psicossomático.

E por fim, temos as síndromes obsessivo-compulsivas que se caracterizam por ideias, fantasias e imagens obsessivas e por atos, rituais ou comportamentos compulsivos. O indivíduo sente uma pressão extrema interna, como se algo o estivesse obrigando a fazer alguma coisa. E o pior, é que o indivíduo reconhece o caráter irracional e absurdo de certos pensamentos, e tenta as vezes neutraliza-los mas a ansiedade é tão grande que se torna quase impossível sem um acompanhamento psicológico.

Quer conhecer exemplos de síndromes obsessivo-compulsivas? Acompanhe nossa próxima postagem sobre TOC ( Transtorno Obsessivo Compulsivo) !


Fonte: DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Artmed Editora S.A., 2008

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