O câncer é uma doença que tem grande na notoriedade na atualidade devido sua alta prevalência na sociedade, podemos associar o câncer a ação de fatores químicos, biológicos ou pré-disposição genética sobre o organismo humano.
Atualmente, pesquisas apontam cada vez mais para relação entre determinados estados mentais a exemplo ansiedade e estresse com o desenvolvimento do câncer. Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Stanford expôs à radiação ultravioleta camundongos, destes os mais ansiosos desenvolveram um tipo mais invasivo da doença, a avaliação dos níveis de ansiedade desses animais se deu através da observação do seu comportamento ao realizar simples tarefas.
“O diagnostico e tratamento do câncer geram estresse e ansiedade, mas esse estudo mostra que esses fatores podem também acelerar a progressão da doença, acarretando um ciclo vicioso”, diz Firdaus Dhabhar, coordenador do estudo, que chama a atenção para o fato de que a pesquisa ainda deve ser realizada em humanos para que as conclusões sejam consistentes. Segundo o cientista, o próximo passo de sua equipe será analisar os efeitos positivos da redução do estresse e da ansiedade no tratamento de pessoas diagnosticadas com câncer. “Nós realmente pretendemos aproveitar a mente e o corpo do paciente para fazer tudo o que a medicina pode conseguir o sucesso do tratamento”
Ansiedade e estresse suprimem a ação do sistema imunológico, aumentando a pré-disposição do organismo a desenvolver neoplasias ou mesmo ser afetado por outras doenças, desta forma a abordagem terapêutica do paciente neurótico é essencial a fim de prevenir agravos maiores a sua saúde.
Em um depoimento escrito no site dos Neuróticos anônimos, podemos entender um pouco mais sobre esse sentimento de ansiedade:
“Quando fui para o N/A tinha uma dor de cabeça constante, ânsia de vômitos, tonturas, barulho na cabeça, coceira no corpo todo, insônia e tomava remédio para tudo isso e fazia terapia. Apesar de tudo cuidava da casa e trabalhava fora e até passeava, muito embora um sentimento de saturação contínuo me incomodasse. Não reclamava a ninguém porque achava que a vida de todo mundo era como a minha. [...]
Com toda essa carga acabei arrumando outra doença, o esquecimento. Não conseguia guardar nem o número do telefone da minha casa, coisa que para mim hoje é natural.”
Não é difícil imaginar a relação desse estado mental com o desenvolvimento de patologias de grande gravidade, mas será que inclusive o câncer? E você, leitor? O que acha?
João Neto
Bibliografia:
Anxiety increases cancer severity in mice, study shows; Stanford Medicine integrates research. Disponível em: http://med.stanford.edu/news/all-news/2012/04/anxiety-increases-cancer-severity-in-mice-study-shows.html. Acesso em: 25 jun 2015.
Depoimento sentimento de ansiedade; Neuróticos anônimos. Disponível em: http://www.neuroticosanonimos.org.br/ansiedade-3.html. Acesso em: 25 jun 2015.
VASCONCELOS, Arilane da Silva; COSTA, Cristina; BARBOSA, Leopoldo Nelson Fernandes. Do transtorno de ansiedade ao câncer. Rev. SBPH, Rio de Janeiro , v. 11, n. 2, dez. 2008 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-08582008000200006&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 25 jun. 2015.
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