quinta-feira, 28 de maio de 2015





"Em toda a verdade humana há sempre algo de angustioso, de aflito, nós somos, e não estou a referir-me simplesmente à fragilidade da vida, somos uma pequena e trêmula chama que a cada instante ameaça apagar-se, e temos medo, acima de tudo temos medo.


SARAMAGO, José. Ensaio Sobre a Lucidez.


Neuroses versus Psicoses

Psicose e neurose são termos que estão popularmente difundidos entre a sociedade, no entanto poucos sabem suas diferenças, o que pode levá-los a pensar que são meros sinônimos. Mas não, não são! E quais são essas diferenças? Você sabe?
As Síndromes Psicóticas possuem características clínicas bem peculiares que se distanciam daquelas apresentadas pelas neuroses. De um modo geral, os Pacientes psicóticos comumente sofrem de delírios e alucinações associados ao pensamento desorganizado. Isso é devido à perda de contato com a realidade que é a dimensão central das Psicoses.
Tal perda não é percebida nos pacientes neuróticos, em que apesar de suas atitudes consideradas incomuns pela sociedade, a maioria dos portadores das síndromes neuróticas mantem os “pés no chão”, não se distanciando da realidade. Além disso, no centro de todas as neuroses, está a angustia, e muitos, inclusive, ainda se questionam e sofrem por ter a consciência dos seus atos “meio estranhos” aos olhos da sociedade. 

Exemplificando...

Vocês já ouviram falar de pessoas que entram em pânico ao ver uma barata? Agora, se perguntarem a elas o motivo para tanto medo, elas não saberão explicar e concordarão com vocês o caráter irracional e desproporcional dos seus medos, que são características de uma fobia simples, uma neurose.
E pessoas que ouvem vozes? Conhecem alguém? Essas alucinações auditivas são sintomas comuns entre os esquizofrênicos, uma síndrome psicótica. Na maioria dos casos, esses pacientes dirão que as vozes são reais e não tentem dizer o contrário, a não ser que estejam preparados para uma possível discussão ou se for um profissional capacitado para atuar nessa área.  #ficaadica


Fonte: DALGALARRONDO,Paulo.Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais.Artmed S.A.;2008 p.320 a 330.

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